CARTAS: ANTÓNIO E MARGARIDA
1974. abril. António (nome fictício) está em Moçambique, na tropa. Margarida (nome criado, também) estuda e trabalha na Madeira. Está deslocada também. São namorados.
Para os dois, escrever era uma forma de salvação. Por um lado, funcionava como uma espécie de prova de vida, preocupando imenso quando o carteiro não trazia nada… “nem uma cartinha do meu amor”, por outro, mantendo-se acesa a chama do bem-querer.
O amor de António e Margarida – como o de milhares de jovens, neste contexto histórico, ficou ilhado. E de insularidade, eles entendem bem. São os dois ilhéus: ele da Madeira, ela do Porto Santo. Conhecem bem a dor de não haver transporte, de não haver ligações com o mundo: ou é o barco que não vai, é o aeroporto que está fechado, é o mar que está grande, é o barco que avariou…
Vozes da Memória de 25 Abr 2016 – RTP Play – RTP
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